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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Eu que não queria dar de cara com um desses

Na Flórida, mulher leva susto ao encontrar jacaré no banheiro de casa




Uma mulher da Flórida teve uma surpresa ao entrar em sua casa no fim de semana e descobrir um invasor dentro do banheiro – um jacaré de mais de dois metros de comprimento.
Alexis Dunbar disse ter encontrado o animal, de boca aberta, ao abrir a porta do banheiro depois de escutar ruídos estranhos no local.
Ela então gritou para o namorado, que correu para colocar uma mesa na frente da porta para impedir o jacaré de sair do local até a chegada de uma equipe de resgate.
Segundo a dona da casa, sua maior preocupação era com suas gatas de estimação. Ela contou à imprensa local que viu sangue no local e achou que o jacaré as havia atacado.
“Pensei que ele tinha comido minhas gatas. Elas são como filhas para mim”, disse ela.
O sangue, porém, era do próprio jacaré, que pode ter se ferido ao entrar na casa, provavelmente pela portinhola usada pelas gatas para entrar e sair do local.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Bullyng um mal que ter que ser tratado 3


'Comecei a me automutilar com 11 anos', admite Demi Lovato a programa de TV

Atriz, que foi internada para tratar distúrbios alimentares e automutilação, disse que causa de seus problemas foi o bullying.
Do EGO, no Rio
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GETTYIMAGES/.Agência

Demi Lovato no programa 20/20

Demi Lovato contou ao programa de TV "20/20" que sofria com automutilação, um transtorno psíquico que faz as pessoas se cortarem e machucarem como forma de punição ou alívio de dores emocionais. "Comecei com 11 anos. Era uma forma de expressar a vergonha que tinha de mim mesma em meu corpo. Era como colocar para fora o jeito com que me sentia. Eram tantos sentimentos conflitantes. A única maneira de conseguir aliviar minhas dores na hora era de machucar a mim mesma", disse a cantora e atriz.
Demi Lovato

Demi disse que resolveu se abrir sobre seus problemas para ajudar pessoas que passam pelos mesmos distúrbios. "Cheguei a falar abertamente sobre o bullying que sofri na infância e adolescência, mas achei que jamais seria capaz de falar sobre as consequências que isso trouxe para minha vida. Nunca entendi porque eles eram tão malvados comigo. Cheguei a perguntar e o que ouvi foi: 'Bom, você é gorda'", contou ao programa. "Por isso, desenvolvi problemas alimentares. Posso dizer que durante 10 dos 18 anos da minha vida tive uma relação nada saudável com a comida".

A cantora foi internada em outubro em uma clínica de reabilitação para tratar distúrbios alimentares e automutilação depois de tentar agredir um dançarino de sua turnê. "Eu me sinto muito mal com isso, nós éramos amigos", lamenta.

domingo, 17 de abril de 2011

Bullyng um mal que ter que ser tratado 2


Manual ensina a identificar se seu filho está praticando ou é vítima de Bullying

Carolina Marques
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“Girafa”, “vovó sem dente”, “substantivo abstrato”, “cafona”, “desdentada”, “feia”, “piolho”... Estes foram os apelidos nada delicados que F.G.C.S, de 21 anos, recebeu durante toda a infância e adolescência, nos colégios pelos quais passou. Não era uma brincadeira inocente.
— Os ataques começaram quando eu tinha 4 anos e se prolongaram. Hoje, sofro de síndrome do pânico e vi minha vida destruída por pessoas sem coração — desabafa F.
Casos como os dela proliferam no mundo. Se o comportamento de alguém ou de um grupo agride, verbal ou fisicamente, de forma insistente, isso se chama bullying. O termo tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
A prática é a que mais cresce no mundo e preocupa autoridades, pais e professores.
— As vítimas de bullying, normalmente, são aquelas fora dos padrões de beleza impostos por um grupo ou sociedade — explica a psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora do livro “Bullying e Cyberbullying — O que fazemos com o que fazem conosco?”.
Maria Tereza deixa claro em sua pesquisa que existem três grupos: os agressores, as vítimas e os espectadores do bullying. E ressalta que uma vítima pode ser também um praticante:
— É como se ele precisasse descontar em outro. Comumente, a vítima também oprime alguém, reproduz o comportamento do agressor. Não é útil ver a vítima como totalmente frágil e o autor totalmente “fortão”.
Sinais de alerta
Mas como saber se seu filho ou aluno está inserido num dos grupos de bullying e não pensar que o assunto é frescura ou uma brincadeira de criança?
— Medo de ir à escola, material escolar destruído ou rasgado, dinheiro ou merenda roubada constantemente, enjoos e dores de cabeça nas horas que antecedem a ida para o colégio ou a queixa destes sintomas antes da hora da saída ou do recreio, queda no rendimento escolar e vontade de mudar de escola. Se seu filho tem algum destes sintomas, fique atento — diz o educador Gustavo Teixeira, em seu livro “Manual antibullying”.
A prática pode estar em casa
Para o ator e autor Mar’Junior, de 50 anos, da Cia Atores de Mar, o bullying começou na própria casa. O pai, um homem autoritário e intolerante, frequentemente chamava o filho de burro. A insistência era tanta que Mar’Junior repetiu os primeiros anos primário, ginasial e científico.
— Tinha pavor de fazer prova, aquilo era um sofrimento para mim. Mesmo adulto, dirigi anos sem carteira de motorista porque tinha ataques de ansiedade com a prova. Testes em emissoras de TV também nem pensar — descreve ele, que hoje tenta ajudar crianças e jovens que passam por situação semelhante levando às escolas o espetáculo "Bullying": — Fazemos uma abordagem do assunto através de esquetes. A peça dura 30 minutos e ao final sempre promovemos um debate com os estudantes. O fato é que as pessoas não estão preparadas para lidar com essa onda de violência, que muitas vezes pode parecer apenas uma brincadeira não muito inocente.
O dia do revide
De tanto sofrer com as agressões em casa, Mar’Junior também foi uma vítima na rua. Cansou de apanhar dos "colegas", até o dia do revide. Quando bateu em alguém, tornou-se um agressor. Formou uma espécie de bando e aterrorizou outros meninos que considerava "fracotes".
— Quem sofre o bullying, em algum momento, tenta descontar essa raiva contida, o que está errado. Só com diálogo é possível mudar este cenário. Os pais têm que ser mais parceiros de seus filhos, ouvi-los, compreendê-los e estabelecer limites — aconselha ele, pai de duas meninas na faixa de 20 anos.
Tanto Maria Tereza Maldonado quanto Mar’Junior são enfáticos ao dizer que mesmo tendo sofrido bullying, Wellington Menezes de Oliveira não causou o massacre de Realengo por conta disso, mas sim por problemas psicológicos. Mas alertam que as marcas dessa prática são para a vida toda quando não percebidas ou tratadas.
— O bullying está em todas. Nas escolas públicas e particulares. É preciso que haja empenho para desenvoler um programa antibullying. E a melhor forma é reestabelecer o respeito que tem que haver entre seres humanos — ensina Mar’Junior.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Que os dirigentes das escola leiam isso com atenção


Opinião: Caso de Realengo mostra que alguns alunos precisam de ajuda

É necessário desmistificar que os mais agitados são os que têm problemas.
Crianças tímidas e com dificuldade de se relacionar merecem atenção.

Ana Cássia MaturanoEspecial para o G1, em São Paulo
Ilustração psicóloga (Foto: Arte/G1)(Ilustração: Arte/G1)
Falar da tragédia de Realengo não é nada original. Muito se tem comentado sobre o assunto, exaustivamente. Televisão, internet, jornais impressos... Especialistas em segurança, psicólogos e psiquiatras são chamados para tentarem dar uma luz ao que aconteceu.
Essa necessidade de estarmos a toda hora falando e lembrando dos fatos é uma forma de tentar compreender acontecimento tão chocante. O que costuma ocorrer quando se perde alguém – fala-se muito daquele que partiu como um modo de lidar com sua ausência. E, assim, o luto vai sendo elaborado.
Dessa maneira, busca-se dar um sentido ao que foge a qualquer compreensão. Principalmente ao pensarmos em tamanha violência contra crianças, partindo de uma pessoa que não demonstrava, a princípio, comportamentos com essa característica: Wellington Menezes de Oliveira, o atirador, era uma pessoa bastante retraída e costumava ser vítima de atos agressivos dos colegas.
Com uma história envolvendo adoção e uma mãe biológica com histórico de esquizofrenia, passando por vítima de bullying, há muitos fatores que contribuem para a ocorrência de um transtorno mental. Esse, por si só, não justifica tamanha atrocidade. Porém, pode nos alertar para o olhar que estamos tendo para com nossas crianças, seja no contexto escolar ou não.
Há uma preocupação grande nas escolas com aqueles alunos que transgridem as regras e deixam explícito um comportamento mais agressivo. Para esses, os pais são sempre chamados e profissionais da saúde mental são sugeridos. Crianças assim estão gritando que as coisas não vão bem. Por isso, são vistas e às vezes cuidadas.
Penso que essas têm possibilidade grande de ir em frente em seu desenvolvimento. Mesmo que seja de uma forma atrapalhada, estão clamando por ajuda, lutando, mostrando ao mundo seu desconforto.
Nem todas têm essa possibilidade. Algumas crianças cujo comportamento é bastante retraído, não costumam preocupar os professores – não agitam as aulas ou se indispõem com colegas. Às vezes, nem os têm. Elas vão além de serem tímidas: a dificuldade de se relacionarem socialmente, levam-nas a se isolarem em seu mundo – voltam-se para dentro de si.
Uma das professoras de Wellington, Conceição de Souza, diz o seguinte dele: “Não tinha participação com a turma, era mais fechado, mas não dava nenhum problema, não apresentava agressividade”. Mas a tinha. Esse tipo de visão da escola é muito comum. Assim como é comum o psicólogo ser surpreendido com a incompreensão da professora sobre estar atendendo algum aluno que não dá trabalho. No entanto, quando a professora pensa sobre ele, passa a perceber algumas coisas que realmente parecem fora de lugar. Como, por exemplo, dificuldade de estar com outras crianças, incomodando-se com elas.
A timidez em si não é um problema. Às vezes é sábio ir com calma em ambientes sociais, por exemplo: permitir que a pessoa o conheça de antemão. O que é diferente de estar isolado e nunca se relacionar. Assim como não participar das aulas falando deve ser um problema – muitos não se sentem à vontade em falar em público.
Há alunos que não causam confusão no ambiente escolar e por vezes são os que mais necessitam de ajuda emocional. É necessário desmistificar de que os mais agitados são os que têm problemas. Esses se distanciam do comportamento esperado e incomodam. E clamam por ajuda.
Os outros precisam muito mais de ajuda, inclusive para que digam por eles que as coisas não vão bem. Eles não têm voz. A escola é o lugar privilegiado para que essas coisas sejam percebidas.
(Ana Cássia Maturano é psicóloga e psicopedagoga)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Bullyng um mal que ter que ser tratado

Wellington Menezes era vítima de 'bullying' nos tempos da escola

Publicada em 08/04/2011 às 00h04m
O Globo
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O atirador Wellington Menezes de Oliveira
RIO - Ex-colegas de Wellington Menezes de Oliveira revelaram que o autor do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo , teria sido vítima de bullying na época em que ele era aluno do colégio. Na sala de aula, Wellington sofria intimidações constantemente. Os estudantes chegaram a lhe dar o apelido de Sherman, em referência ao famoso nerd interpretado pelo ator Chris Owen no filme "American Pie". Ainda segundo informações passadas por dois rapazes que estudaram com o atirador, Wellington também era chamado de "suingue", pois andava mancando de uma perna.
- O Wellington era completamente maluco. Era perceptível na sala de aula que ele tinha algum tipo de distúrbio. Ele era muito calado, muito fechado. E a galera pegava muito no pé dele, mas não a ponto dele fazer isso (o massacre) - disse o estudante Bruno Linhares, de 23 anos, que quando soube do ocorrido foi até a porta do colégio para prestar solidariedade. - Uma vez, um colega bateu nas costas do Wellington e disse brincando: "Cara, a gente tem medo de você porque um dia você ainda vai matar muita gente". Foi brincadeira, mas agora parece até que foi uma profecia. Sinceramente, não sei porque ele não fez isso com a nossa turma.
O Wellington era completamente maluco. Era perceptível na sala de aula que ele tinha algum tipo de distúrbio. Ele era muito calado, muito fechado
Enquanto aguardava na fila para entrar no ônibus enviado ao local para levar doadores de sangue ao Hemorio, Bruno contou que Wellington não era bom aluno.
- Além de tudo, ele ainda tirava notas baixas. A escola deveria ter encaminhado ele para um psicólogo - acredita Bruno, ainda tentando achar uma resposta para a violência.
As reações das vítimas do bullying costumam ser diversas. De acordo com a professora Maria Luísa Bustamante, do Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e chefe do serviço de psicologia aplicada da mesma universidade, elas tanto podem partir para uma atitude mais introspectiva, quanto reagir à violência assumindo o papel de seus agressores.
- Em muitos casos, a vítima do bullying tende a se recolher e a se isolar, tornando-se uma pessoa mais sozinha. Em outros, acontece o oposto. O bullying pode induzir uma agressividade, tornando a pessoa mais rebelde e até mesmo violenta - analisa a professora.
O bullying não é um fenômeno novo, mas só recentemente ganhou destaque e a atenção de educadores, psicólogos e da sociedade civil.
O bullying consiste em qualquer atividade que perturbe e incomode o outro, em demonstrações de desrespeito e falta de consideração. Esse termo é específico para ser aplicado para tudo o que acontece na escola
- O bullying consiste em qualquer atividade que perturbe e incomode o outro, em demonstrações de desrespeito e falta de consideração. Esse termo é específico para ser aplicado para tudo o que acontece na escola - explica Maria Luísa.
As vítimas preferenciais do bullying costumam ser aquelas que apresentam algum tipo de fragilidade, seja física ou comportamental.
- Quem pratica o bullying elege os mais tímidos, frágeis, alguém que tenha característica para ser vítima. As consequências são trágicas, porque isso causa uma perda de amor próprio muito grande. Ela se torna insegura, incapaz de ter relacionamentos afetivos, porque se sentiu rejeitada pelos colegas de turma numa época em que eles eram muito importantes - completa a professora.